segunda-feira, 15 de julho de 2013

Paixão Cortes


João Carlos D'Ávila Paixão Côrtes (Santana do Livramento, 12 de julho de 1927) é um folclorista, compositor, radialista e pesquisador gaúcho. É formado em Agronomia.

Ex-aluno do Colégio União quando seu pai era diretor da Estação Experimental de Uruguaiana1 , foi ele que carinhosamente deu o apelido para o Colégio União de Baio Velho. Também estudou no Instituto Porto Alegre e no Colégio Estadual Júlio de Castilhos. Paixão Côrtes é um personagem decisivo da cultura gaúcha e do movimento tradicionalista no Rio Grande do Sul, do qual foi um dos formuladores, juntamente com Luiz Carlos Barbosa Lessa e Glauco Saraiva. Juntos, partiram para a pesquisa de campo, viajando pelo interior, para recuperar traços da cultura do Rio Grande.

Em 1948, organizou e fundou o CTG 35 e, em 1953, fundou o pioneiro Conjunto Folclórico Tropeiros da Tradição.

Em 1956, Inezita Barroso gravou as músicas tradicionais gaúchas Chimarrita-balão, Balaio, Maçanico e Quero-Mana, Tirana do Lenço, Rilo, Xote Sete Voltas, Xote Inglês, Xote Carreirinha, Havaneira Marcada, recolhidas por Paixão Cortes e Barbosa Lessa.


Estátua do Laçador, para a qual Paixão Cortes serviu de modelo em 1954

Em 1958, Paixão Côrtes apresentou-se no Olympia de Paris, no palco da Universidade de Sorbonne, no Hotel de Ville, no Teatro Alhambra, além de clubes noturnos e cabarés. No mesmo ano foi convidado por Maurício Sirotsky para apresentar o programa Festança na querência na Rádio Gaúcha, que ficou no ar até 1967.

Em 1962, Inezita Barroso gravou as composições Tatu e Pezinho, recolhidas por Paixão Côrtes e Barbosa Lessa. No mesmo ano, recebeu o prêmio de Melhor Realização Folclórica Nacional. Em 1964, apresentou-se na Alemanha, na Feira Mundial de Transportes e Comunicação, na cidade de Munique. Recebeu ainda, no mesmo ano, o prêmio de Melhor Cantor Masculino de Folclore do Brasil.

Em 1986, apresentou-se durante um mês na Inglaterra, divulgando traduções de seus livros para o inglês.

Em 1992, a estátua do Laçador, do escultor Antônio Caringi, para a qual Paixão Cortes posou em 1954, foi escolhida como símbolo da cidade de Porto Alegre.

Em 2001 proferiu palestra sobre a música gaúcha no VII Encontro Nacional de Pesquisadores da MPB, realizado no Teatro da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Em 2003 lançou seu novo manual, com mais danças, derivadas do primeiro. Por exemplo, Valsa da mão trocada, Mazurca Marcada, Mazurca Galopeada, Sarna, Grachaim.

Em 2010 é escolhido patrono da 56ª Feira do Livro de Porto Alegre. Recebeu também a Ordem do Mérito Cultural.

Centro de Tradições Gaúchas


Por: Lucas Pinho

Galo de Rinha - Jayme Caetano Braun




Valente galo de rinha,
guasca vestido de penas!
Quando arrastas as chilenas
No tambor de um rinhedeiro,
No teu ímpeto guerreiro
Vejo um gaúcho avançando
Ensangüentado, peleando,
No calor do entreveiro !


Pois assim como tu lutas
Frente a frente, peito nu.
Lutou também o xirú
Na conquista deste chão...
E como tu sem paixão
Em silêncio ferro a ferro,
Caía sem dar um berro
De lança firme na mão!


Evoco nesse teu sangue
Que brota rubro e selvagem.
Respingando na serragem,
Do teu peito descoberto,
O guasca no campo aberto,
De poncho feito em frangalhos.
Quando riscava os atalhos
Do nosso destino incerto!


Deus te deu, como ao gaúcho
Que jamais dobra o penacho,
Essa de altivez de índio macho
Que ostentas já quando pinto:
E a diferença que sinto
E que o guasca, bem ou mal!,
Só luta por um ideal
E tu brigas por instinto!


Por isso é que numa rinha
Eu contigo sofro junto,
Ao te ver quase defunto.
De arrasto, quebrado e cego,
Como quem diz: "Não me entrego,
Sou galo, morro e não grito,
Cumprindo o fado maldito
Que desde a casca eu carrego!"


E ao te ver morrer peleando
No teu destino cruel.
Sem dar nem pedir quartel.
Rude gaúcho emplumado.
Meio triste, encabulado,
Mil vezes me perguntei
Por que é que não me boleei
Pra morrer no teu costado?


Porque na rinha da vida
Já me bastava um empate!
Pois cheguei no arremate
Batido, sem bico e torto ..
E só me resta o conforto
Como a ti, galo de rinha,
Que se alguém dobrar-me a espinha
Há de ser depois de morto!

terça-feira, 2 de julho de 2013

Vídeo - 1º Sarau da Prenda Jovem 29/06/2013



segunda-feira, 1 de julho de 2013

Fotos - 1º Sarau da Prenda Jovem 29/06/2013