quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Glossário


Prefácio (ou antes de mais nada): seguinte, nós aqui, parando rodeio nas ideias (planejando este site), saímos com esta de glossário, dicionário (ou lista mesmo) de palavras, expressões e adágios do Rio Grande.

As colaborações e criações dos internautas farão parte do glossário, identificadas por dois asteriscos (**) e por uma cor diferenciada, além do nome do autor, claro.

A, de andar como gato em tapera
- A LA BRUTA – expressão usada quando algo acontece inesperadamente, de maneira grosseira.
- A LA FRESCA – expressão que manifesta espanto, surpresa.
- A LA LOCA – de maneira impensada.
** ALUMIAR A COLA NA MACEGA – morrer (colaborado por Valandro Ferreira, funcionário público municipal, São Gabriel-RS)
- À MODA MIGUELÃO – de qualquer jeito; de maneira estabanada, apressada.
- À PONTA DE FACA – sem meio-termo; de maneira radical, sem concessão.
- ABAIXO DO CU DO CACHORRO – expressão utilizada para definir alguém que esteja desmoralizado, deprimido, desprezado.
- ABERTO QUE NEM TAMANDUÁ EM PICADA – ditado gaúcho que significa à vontade, sem preocupação.
- ABICHORNADO COMO URUBU EM TRONQUEIRA – ditado gaúcho. Expressão que define alguém que está abatido, desanimado, desalentado.
- ABRIR O CHAMBRE – desaparecer, fugir.
- ABRIR O PEITO – cantar.
** AIPIM – mandioca (colaborado por Tiago R. Piaceski, de Goiânia)
- AGUENTAR O REPUXO – enfrentar ou suportar situação penosa ou trabalhosa.
- AGUENTAR O TIRÃO – sustentar uma opinião, o mesmo que aguentar o tranco.
- AMASSADO QUE NEM DINHEIRO DE BÊBADO – diz-se de alguém com péssima aparência.
- AMOR DE CHINA É COMO FOGO DE PALHA – refere-se ao amor de certas mulheres que, por ser fácil, é passageiro e dura pouco.
** AMUADO – triste (colaborado por Rodrigo da Costa Vasconcellos, professor universitário, Chapecó - SC)
- ANDAR COM A BARRIGA NO ESPINHAÇO – andar com fome, estar magro, desnutrido.
- ANDAR COM A CHINCHA NA VIRILHA – estar sem dinheiro, em dificuldades financeiras.
- ANDAR COM PASSARINHO NA CABEÇA – estar se preparando para aprontar alguma coisa.
- ANDAR COMO CACHORRO QUE LAMBEU GRAXA – andar cismado, invocado, ressabiado, arredio.
- ANDAR COMO GATO EM TAPERA – estar abandonado, esquecido ou desprezado.
** ANDAR COMO PAU EM ENCHENTE – andar de um lado pra outro, ao sabor dos acontecimentos (colaborado por Valandro Ferreira, funcionário público municipal, São Gabriel-RS)
- ANDAR COMO VIRA-BOSTA SEM NINHO – diz-se daqueles que não têm moradia fixa nem família e andam meio perdidos na vida.
** ANDAR CORTANDO ARAME COM OS DENTES – andar sem dinheiro (colaborado por Valandro Ferreira, funcionário público municipal, São Gabriel-RS)
- ANDAR DE LOMBO DURO – andar de mau humor, desconfiado, ressabiado.
- ANDAR MATANDO CACHORRO A GRITO – andar na pindaíba, sem dinheiro.
- ANDAR NA PONTA DOS CASCOS – estar muito feliz e com ótima disposição.
- ANDAR NA TIORGA – andar bêbado.
- APERTADO COMO CHINCHA DE BAGUAL – ditado gaúcho que significa estar em dificuldades financeiras.
- ARREGANHAR OS DENTES – ameaçar alguém.
- ARREPIAR A CARREIRA – desistir de alguma coisa, voltar atrás.
** ATÉ PROVAR QUE NÃO É CAVALO, JÁ COMEU UM SACO DE MILHO E DOIS FARDOS DE ALFAFA – Dificuldade de provar inocência de fatos antes de ser punido (colaborado por Francisco Solano Fabres, engenheiro, Macaé - RJ)
- ATRAVESSADO DAS GUAMPAS – de mau humor, azedo.

B, de bagaceira que nem papagaio de zona
- BACALHAU DE PORTA DE VENDA – pessoa exageradamente magra.
- BAGACEIRA QUE NEM PAPAGAIO DE ZONA – diz-se da pessoa desbocada, que fala muito palavrão.
- BATER A PASSARINHA – ter um palpite certo.
- BATER O TIMBO – morrer.
- BEBER ÁGUA DE BRUÇO – entregar-se à pederastia.
** BOBA QUE NEM TERNEIRO NOVO - refere-se a mulher vaidosa de mais (colaborado por Ricardo Oliano de Carvalho, estudante, Uruguaiana-RS)
** BOI LERDO BEBE ÁGUA SUJA – que se atrasou e ficou com a pior parte (colaborado por Jocelito Wesz, comerciário, Santo Ângelo - RS)
- BOLEADO DOS CACOS – que não é muito certo das bolas, amalucado.
** BOLITA – Bolinha de Gude (colaborado por Tiago R. Piaceski, de Goiânia)
- BURRO CARREGADOR DE AÇÚCAR ATÉ O RABO É DOCE – ditado. Diz-se daquele que, de tanto conviver com determinados hábitos, acaba adquirindo-os.