Dia do Payador

Hoje, 30 de Janeiro, é o dia do payador! Esta data foi escolhida devido ao aniversário de Jayme Caetano Braun, ele é considerado o patrono do Movimento Payadoril, surgido a partir do ano de 2001, com a vigência da Lei 11.676/2001, que cria o dia do payador gaúcho no Rio Grande do Sul. 

Payador - pampa e guitarra, 
guitarra - payador - pampa
três legendas de uma estampa 
onde a retina se amarra,
payador - pampa e guitarra,
flecos de pátria e poesia
alma - terra e melodia,
sangue de um no corpo d'outro
botas de garrão de potro da lonca da geografia.

Payador - alma e garganta,
emoção e sentimento,
melodioso chamamento que da terra se levanta
parecendo quando canta,
com entonação baguala
que as aves perdem a fala
e o vento apaga os rumores,
pois para escutar payadores
até o silêncio se cala.

Pampa - matambre esverdeado
dos costilhares do prata
que se agranda e se dilata
de horizontes estanqueados,
couro recém pelechado
que tem pátria nas raízes
aos teus bárbaros matizes,
os tauras e campeadores
misturam sangue as cores
pra desenhar três países.

Guitarra - china delgada que
um dia chegou da Ibéria
para tornar-se gaudéria -
da pampa venta rasgada,
- ao payador amasiada, -
nas soledades charruas,
- morando em quartos de luas, -
guitarra e lua são gêmeas,
- e Deus não fez duas fêmeas
mais lindas do que estas duas.

A guitarra - o Payador e o pampa -
sempre afinados
são cordas dos alambrados da vida,
esse corredor;
paz - liberdade - e amor
que nunca serão proscritos
porque nos ermos solitos
onde o canto se desgarra,
cada alma é uma guitarra
presa entre dois infinitos

Payador, Pampa e Guitarra - Jayme Caetano Braun

Tragédia em Santa Maria-RS

Fica aqui o nosso respeito e nossos sentimentos às vítimas e aos familiares da tragédia na boate Kiss em Santa Maria-RS. O sofrimento é tão grande, que nosso silêncio diz tudo. Força para nossos irmãos Gaúchos e Brasileiros.

Mario Rubens Battanoli de Lima, o Mano Lima.

Mano Lima, nome artístico de Mario Rubens Battanoli de Lima (Itaqui, 26 de agostode 1953), é um cantor e instrumentista gaúcho de música nativista.

Após iniciar sua carreira artística passou a residir em São Borja. Caracteriza-se principalmente, em suas composições e canções, por sua irreverência e pelo uso de um linguajar rústico, próprio do gaúcho nascido e criado no interior. Suas músicas têm como instrumento principal uma gaita de botão, que ele mesmo toca. É casado com Draziele de Castro de Menezes.

Gaúcho que canta e defende o Rio Grande do Sul, um dos maiores artistas gaúchos. É considerado pelos gaúchos como o Filósofo dos Pampas.

Fonte: Wikipédia

Edição: Lucas Pinho

CTG Amigos da Cavalgada completa 25 anos em 2013

Uma homenagem de Adair José de Aguiar, ao CTG Amigos da Cavalgada.

BODAS DE PRATA
Adair José de Aguiar

Ô de casa, meus patrícios,
São bodas de prata, indiada,
Do AMIGOS DA CAVALGADA,
O CTG deste chão.
São os vinte e cinco anos,
Nesta rude carreteada,
Levando a carga sagrada
Da gaúcha tradição.

Os parabéns, meus patrícios,
Para peões e a patronagem,
Batendo o casco na viagem,
No pampa meridional.
São os vinte e cinco anos
De união, de paz e vivência,
Pelo rumo da querência
Do CTG de Indaial.

O CTG, meus patrícios,
É tertúlia de amizade,
Um rodeio de saudade,
No aconchego de galpão.
Lá, a prenda é respeitada,
Mesmo a prendinha e o piazinho
Já troteiam no caminho

Da genuína educação.
Por isso, patrão João Bueno,
O nosso abraço arrochado
Pelo muito realizado,
No culto da tradição.
Como é linda essa lembrança,
Sem rancor e sem quizília,
Com a alma farroupilha,
Na cuia de chimarrão.

E para as autoridades
Que sempre nos prestigiaram,
Os seus nomes se gravaram
Com amor, sem muito luxo,
No CTG que agradece
Os auxílios recebidos
E se plancham comovidos
Num xucro “gracias” gaúcho.

Que belo momento histórico
O dessas bodas de prata!
A seriema em serenata,
Celebrando a festa além...
Eu e a minha chinoca,
Em frente ao rancho mateando,
Vamos os dois memoriando
A mesma data também.

Buenas 2013

"Abrimos nossas bruacas

Repletas de tradições

Com picumã dos Galpões

Rica herança dessa gente

Ainda ávida e carente

Das coisa antepassadas

Que não foram desenterradas

E estão sendo no presente."

(João Veríssimo da Fonseca - Gaúcho Serrano, usos e costumes)

Por: Lucas Pinho de Mello